Em 2016, realizamos nosso primeiro intercâmbio com o Phoenix Players Theatre Group (PPTG). Grupo teatral fundado em 2009 pelos detentos Michael Rhynes e Clifton Williamson da Prisão de Segurança Máxima de Auburn e facilitador por profissionais da Cornell Universtity e da Ithaca College. Além de trabalharmos com este grupo, a experiência nos Estados Unidos possibilitou nosso contato com o Performing Arts for Social Change (PASC), que tem coordenação de Cynthia Henderson, da Ithaca College e é um programa cuja missão é possibilitar a conscientização e educação desuas e seus participantes através do teatro, dando voz a importantes questões sociais, que muitas vezes são ignoradas. Para isso, criam e realizam peças teatrais em comunidades, partindo dos conceitos do Teatro do Oprimido e da Pedagogia do Oprimido.
Em 2018,realizamos a itinerância internacional do nosso espetáculo de teatro de rua Las Mariposas,pela República Dominicana. Distribuímos as nossas apresentações pelas cidades de Salcedo, Tenares, Villa Tapia, Puerto Plata e Santo Domingo, cidades que marcam a vida das mulheres que nos inspiraram à construção deste espetáculo.Através do Ministério da Cultura daquele país, conhecemos a família das irmãs Mirabal, participamos de eventos sobre o enfrentamento à violência contra mulher, estivemos em escolas públicas, realizando rodas de diálogos com adolescentes e jovens sobre o tema do machismo, patriarcado e violência contra a mulher e estimulamos o diálogo sobre políticas públicas de enfrentamento à violência a partir do diálogo com a arte.
Ao longo de nossa trajetória, tivemos algumas formações e capacitações com os e as curingas do Centro de Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro, criado por Augusto Boal. Por se tratar de um centro de pesquisa e difusão da metodologia do TO,o nosso desejo de realizar uma residência artística nesse espaço foi concretizado em março de 2020, até que a pandemia do coronavírus (COVID-19) interrompeu o nosso trabalho.Com o objetivo de nos permitir o aprofundamento nas técnicas e acompanhar os projetos desenvolvidos pelo CTO-Rio na aérea da educação, saúde mental, movimentos sociais, comunidades, dentre outros, pretendemos retomar, assim que possível, o trabalho interrompido pelo grave problema mundial de saúde pública que nos acometeu neste ano.