Ano: 1973/2015
Criação:Andréa Veruska e Wagner Montenegro, em Recife, 2015.
Performers: Andréa Veruska e Wagner Montenegro
Local de realização: Mercado de São José (Recife), Praia de Boa Viagem (Recife) e Ponte da Imperatriz (Recife)
Sinopse:Recriando a experiência de Augusto Boal no passado, Wagner caminhava pelas ruas do Recife puxando Veruska por uma coleira de cachorro amarrada ao pescoço. Não havia figurinos teatrais, maquiagem, interpretações. Como as pessoas reagiriam ao ver uma situação de violência explícita em pleno cotidiano da cidade? A ideia era criar diálogo com as pessoas sem que elas tivessem conhecimento de que estavam testemunhando uma criação artística. Este tipo de intervenção se chama Teatro Invisível e faz parte do arcabouço do Teatro do Oprimido.
Fotos: Camila Silva
Ano: 2017
Criação: Andréa Veruska
Performers: Andréa Veruska, Flávia Pinheiro, Iara Sales, Maria Agrelli e Wagner Montenegro
Local de realização: Avenida Cruz Cabugá (Recife), Avenida Conde da Boa Vista (Recife), Mercado Público de Afogados (Recife), Mercado Público de São Lourenço da Mata (São Lourenço da Mata), Mercado Público de Tiúma (São Lourenço da Mata), Feira de Caruaru (Caruaru), Mercado Público de São José (Recife) e Mercado de Benfica (Lisboa/PT).
Sinopse: Veruska caminha pelas ruas carregando Wagner nas costas e, durante o percurso, incentiva outras mulheres a também carregá-lo. Livremente inspirada nas teorias de Judith Butler e Virginie Despentes, que põem em discussão as raízes socioculturais que fundamentam os estereótipos de gênero, essa performance busca questionara ideia de que os homens são sempre mais fortes do que as mulheres e materializa na imagem ofato de que, para a manutenção da sociedade, as mulheres carregam vários homens nas costas.
Fotos: Camila Silva
Ano: 2018
Criação e Performer: Andréa Veruska
Local de realização: Museu do Trem (Recife)
Sinopse: Este dispositivo foi idealizado a partir da leitura do livro Teoria King Kong, de Virginie Despentes. Esse livro é uma autobiografia em que a escritora relata o estupro que sofreu há 30 anos e levanta questionamentos intrigantes sobre uma sociedade que educa os homens a violentarem as mulheres e não educa as mulheres a se defenderem desses mesmos homens, quando as obrigam a fazerem sexo sem consentimento. A partir dessas reflexões, a artista Andréa Veruska iniciou sua investigação em transformar o seu medo recorrente de novamente ser estuprada na possibilidade de enfrentá-lo, uma vez que o estupro é um risco inerente à condição de qualquer mulher.
Fotos: Camila Silva
Ano: 2018
Criação: Flávia Pinheiro
Performers: Flávia Pinheiro, Maria Agrelli e Andréa Veruska
Local de realização: Estúdio Danilo Galvão
Sinopse: O que vem de nós antes do gênero? A foto performance Devir Animal é uma tentativa de tornar cru o corpo. O corpo que habita o espaço e se relaciona com outros corpos. Antes mesmo de existir a ideia de “mulher”, existe um corpo. O “belo”do corpo feminino é questionado neste ensaio. Por que um corpo de mulher precisa ser um corpo sem pelos? O Devir Animal é a tentativa de trazer a memória aquilo que temos de mais humano: liberdade.
Fotos: Danilo Galvão